Balão Instragástrico

Balão
Instragástrico

Procedimento

É um dispositivo de silicone macio e flexível com uma válvula de contenção autosselante e um cateter de introdução que serão inseridos no estômago após exame endoscópico prévio. Confirmado o posicionamento o balão será então insuflado sob visualização endoscópica com 450 a 700 ml de solução salina e com 3 ml de azul de metileno a depender da anatomia gástrica de cada paciente. Ao término deste procedimento o cateter é então removido.

O balão irá promover uma sensação de saciedade facilitando o emagrecimento. O paciente sente-se satisfeito comendo menos, já que parte do seu estômago está ocupado pelo balão.

É então uma alternativa não cirúrgica que auxilia na perda ponderal (de peso), proporcionando uma vida mais saudável, elevando sua autoestima e permitindo uma adequada reeducação alimentar.

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MAis informações

Indicações

  •  Pacientes com IMC acima de 27 (sobrepeso ou obesos), que não conseguem ou apresentam grande dificuldade para eliminar excesso de peso, já havendo tentado outros métodos de emagrecimento sem sucesso;

  • Pacientes com sobrepeso ou obesos que não se adaptaram às fórmulas de emagrecimento ou estão impossibilitados de tomar medicamentos anorexígenos;

  •  Pacientes com comorbidades associadas ao excesso de peso, como diabetes tipo II, colesterol elevado, problemas ortopédicos que não conseguiram perder peso com outras medidas. Pacientes que necessitem perder peso antes de realizar uma cirurgia, como pré operatório de obesidade mórbida.

CONTRAINDICAÇÕES RELATIVAS:

  •  Úlcera gástrica ou duodenal ativa;
  •  Dependência de álcool ou drogas;
  •  Doença inflamatória intestinal em atividade;
  •  Uso crônico de anticoagulantes sem possibilidade de interrupção;
  •  Hérnia hiatal moderada (4 e 5 cm);
  •  Pacientes com mais de 65 anos.

CONTRAINDICAÇÕES ABSOLUTAS:

  • Pacientes relutantes em fazer uma dieta supervisionada ou que não aceitem uma reeducação alimentar;
  •  Cirurgia bariátrica ou ressecção esofágica ou gástrica prévia;
  •  Hérnia hiatal volumosa (maior que 5 cm);
  •  Esofagite graus C e D pela classificação de Los Angeles ou graus III ou mais de Savary Muller;
  •  Insuficiência renal;
  •  Gravidez e lactação (amamentação);
  •  SIDA (AIDS);
  •  Doenças na transição esôfago gástrica potencialmente hemorrágicas como lacerações ou varizes esofágicas;
  •  Tumores ou lesões suspeitas;
  •  Transtornos psiquiátricos descompensados;
  •  Doença autoimune não controlada.

Tratamento

O tratamento aqui proposto está baseado em 04 (quatro) pilares, todos com suas devidas importâncias:

  • BIG (Balão Intragástrico);
  • Correção dos hábitos alimentares;
  • Exercícios físicos;
  • Orientação psicológica.

Cabe ainda salientar que a reeducação alimentar deve ser seguida, preferencialmente, por toda a família.
Ele deve permanecer no estômago por no máximo 06 (seis) meses e, eventualmente, medicação também pode ser útil.
Espera-se uma perda média, não havendo qualquer garantia, de 10 a 15% do peso total, ou, cerca de 25 a 35% do excesso de peso.

ACOMPANHAMENTO MULTIDISCIPLINAR

Acompanhamento com Nutricionista ou com Nutrólogo:

É obrigatório que haja um acompanhamento nutricional adequado, mesmo porque a dieta para estes pacientes é diferente e dividida em fases (abaixo segue um modelo geral, que na verdade deve ser individualizado pelo especialista de acordo com cada paciente).

  • Primeira fase: primeiras 72 horas quando a dieta deve ser exclusivamente líquida (coada) e ingerindo aos poucos cerca de 30 a 50 ml a cada 15 minutos e de acordo com a aceitação;
  • Segunda fase: 4º ao 7º dia a dieta continua líquida, porém, em um volume um pouco maior de acordo com a aceitação, podendo ingerir cerca de 100 a 150 ml a cada 30 minutos;
  • Terceira fase: 8º ao 19º dia com dieta um pouco mais consistente, ou seja, cremosa, ingerindo cerca de 200 ml a cada 02 (duas) horas e sempre lentamente;
  • Quarta fase: 20º ao 30º dia com dieta um pouco mais consistente, pastosa e sempre fracionada;
  • Ao término deste primeiro mês inicia-se a dieta sólida, hipocalórica, fracionada, sempre mastigando bem, preferindo-se adoçantes, sem álcool e evitando-se bebidas gaseificadas (refrigerantes).

 

Além de proporcionar mais qualidade em suas refeições, o acompanhamento nutricional é também fundamental para diagnosticar fatores e antecedentes genéticos que podem levar à obesidade. O nutricionista ou nutrólogo será sua primeira receita para um bom resultado.

Lembrando que é importante, ou no mínimo interessante que haja uma reeducação alimentar de toda a família, facilitando a perda de peso e, principalmente, sustentando corretos hábitos alimentares após a retirada do balão.

Acompanhamento com Psicólogo:

A obesidade pode ter sido a causa ou mesmo favorecer o surgimento de sintomas prejudiciais ao seu emagrecimento, como ansiedade, transtornos alimentares e até mesmo depressão. Somente o acompanhamento psicológico capacitado diagnostica estes problemas em graus variados de intensidade, tratando-os com seriedade e aumentando as suas perspectivas de sucesso no tratamento.

Acompanhamento com Endocrinologista:

Permite diagnosticar algumas patologias, como o hipotireoidismo, transtornos psicológicos ou outros fatores genéticos, que possam levar ao sobrepeso ou à obesidade. Também pode lançar mão na utilização de anorexígenos.

Acompanhamento com Cardiologista

Eventualmente, a depender das patologias do paciente, pode ser necessário uma avaliação cardiológica, tanto pela anestesia quanto pela presença do balão ou mesmo na orientação dos exercícios físicos.

Exercícios físicos moderados:

São permitidos a partir do 15º dia da colocação do balão, quando os efeitos colaterais estão menores e quando o paciente começa a se alimentar um pouco melhor. Significa mais motivação e qualidade de vida no seu dia a dia, com indicação dos exercícios físicos adequados à sua estrutura corporal, que produzam resultados através da otimização dos gastos calóricos, além de orientações sobre postura e alongamentos ideais para você. Deve-se ter muito cuidado com o joelho. O ideal é que um profissional o acompanhe, seja um preparador físico graduado em educação física ou seja um médico desportista.

Dúvidas sobre exames e procedimentos?

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